CC Radio Portugal

domingo, 3 de abril de 2016

Desculpa, mas amo-te...

Eu queria dizer-lhe que o amava.
Dizer-lhe:

Olha, desculpa mas amo-te. Aconteceu.
O meu lado lunático vem ao de cima sempre que me lembro do que não passámos, e das noites que durmo sem ti.
Deixo de ser o que sou por ti.
Começo a ouvir a tua música, a deitar-me às horas a que te deitas, e a acordar a meio da noite sempre que precisares e entenderes.
Ninguém nos vai dizer que as noites são para dormir.
Defendo-te de tudo, e de todos.
Torno uma relação imoral, numa história bonita para contar aos nossos futuros filhos.
Hei-de te dar sempre a mão, mesmo quando o caminho for inconstante, e me falte as forças nas pernas.
És maior que eu, mais pesado que eu, mas eu amo-te pelos dois, e uma mulher que ama, luta por dez homens.
Mudo por ti.
Faço o que quiseres por ti.
Já te disse hoje que foste a pessoa com que tive mais orgasmos, e nunca estivemos juntos?
Alimentava-te a alma, alimento-te o corpo.
Traz as malas.
Desculpa, mas amo-te.
Mas nunca lhe disse. Fiquei quieta, e só as paredes da minha casa e os lençóis da minha cama sabem o quanto te quis em dias normais.
O teu sorriso, e o teu discurso pouco certo, estão-me entranhados na pele.
A tua cara assombra-me sempre que me tento deitar no peito de alguém.
Não consigo encontrar encanto nas pessoas que me passam ao lado na rua, nem a quem me sorri na noite.
É que sabes, procuro um bocado de ti em quem se cruza comigo, e tu és tão fora do normal, que me fazes chegar sozinha a casa, todas as noites.
Eu não tenho medo dos barulhos cá de casa, mas a casa sabe a tua voz. E ecoa-a em todo o lado.
No meu quarto e na sala. Às duas da tarde, ou às quatro da manhã.
És louco, e meteste-me a mim mais louca do que já era.
Talvez seja por isso que gosto tanto de ti.
Por ter encontrado alguém que me mostrou que ser diferente é o totoloto numa multidão cheia de gente sem sal.

Queria ter-te dito tanta coisa, mas acabei por nunca te dizer nada.
Tu não me conheces, e eu provavelmente não te conheço assim tão bem quanto penso.
Mas sentir que eras uma parte de mim, por mais pequena que fosse, foi o que me bastou para te tentar encontrar, em todas as esquinas que não nos cruzámos.
Evito olhar-te nos olhos, porque um dia alguém me disse que são o espelho da alma.
E a minha está carregada de momentos, palavras e horas, que não existiram.
Continuas a ser o fantasma mais presente na minha vida, e se nunca estás onde estou, então não sei porque te vejo sempre em mim.
Dispo-me e penso em ti. Todos os dias, me traio com a tua imagem. Foi a forma mais bonita que encontrei, de me lembrar do que não vai acontecer.
Estar contigo no pensamento.
Que o amor nos leve para longe um do outro.

Texto de: Inês Alegre
In: SM

Aceita que é só destino...

Aceita só que é o destino a chamar por ti. Sim, estou a falar em termos de amor.

Que coisa lamechas acreditar no destino, no entanto ele é tão realista e tu muitas das vezes nem te dás conta quando ele chama por ti.

Sabes quando vais saber? Pois é, depois da situação passar, só olhando para trás é que conseguimos perceber que algo ali se está a matar por nos dizer alguma coisa, mas somos tão cegos pelo quotidiano da nossa vida que nem percebemos os sinais.

A ti, que já viveste alguns dos teus amores e paixões, algum deles foi assim tão intenso que pudeste dizer que foi o destino? Pois, não sabes, não é? Mas não te preocupes, um dia mais tarde tu vais saber, quando olhares para o teu passado, quando olhares para uma das tuas mil e uma relações ou passagens e perceberes que AQUELA pessoa é o teu destino. Como?

Perguntam bem. Por vezes as relações são tudo menos “mar de rosas”, mas é isso que se quer, de outra maneira não teria a mínima piada. Temos aquela pessoa que briga connosco, que é a pessoa mais chata e cheia de defeitos no mundo, no entanto também é a mesma por quem te apaixonaste de uma forma tal que nem tens noção disso. E acredita, tu ou essa pessoa podem errar mil e uma vezes, podem querer “morrer”, podem ficar com mágoa, algum rancor, mas no final, passe o tempo que passar, vai ser essa a pessoa que vai aparecer na tua mente, vai ser essa a pessoa que, quando passares na rua de casa dela ou quando estiveres num sítio que costumavam frequentar, te vai aparecer em primeiro lugar de uma forma que nem tu consegues explicar, de uma forma completamente instintiva, como se fizesse parte de ti. E quando a vires novamente, passado algum tempo sem se falarem e sem se verem, devido às circunstâncias, o teu coração vai disparar, vais começar a ficar vermelho, a transpirar por tudo quanto é sítio e não vais saber o que fazer, muito menos o que dizer… aliás, tudo o que tu não queres é perder-te de amores novamente porque tens medo do quanto sofreste antes ou do quanto fizeste sofrer essa pessoa. Mas a verdade é tão clara como a água, apenas tu não queres ver essa opção, mas conforma-te, mais cedo ou mais tarde vais cair em ti e vais dar-me razão.

O problema? O problema está quando tentamos substituir o nosso destino. Não adianta de nada, simplesmente estamos a cair numa ilusão do nosso querido amigo cérebro. Sim, ele engana, ou tenta arranjar soluções para os nossos conflitos, o que acontece é que nem sempre isso resulta. Qualquer pessoa que acabemos de conhecer não tem o mesmo encanto que tem o nosso destino, não te diz bom dia do mesmo jeito, não pega nas tuas mãos da mesma forma que o teu destino te pegava, não te olha nos olhos e não te abraça da mesma forma, e com isto não estou a dizer que seja melhor ou pior, nada disso, por vezes nem sempre o que é o melhor é o que nos pertence. Mas nós gostamos das coisas de uma determinada forma, e isso é o que realmente importa. De outro modo não conseguiríamos viver completamente felizes.

O destino, esse nunca vem por acaso. Ele pode até resultar das nossas decisões, mas já está traçado de qualquer forma. Destino, tu és um grande matreiro, mas obrigado por nos ensinares a viver e a crescer. Apareces quando menos te esperamos, quando não esperamos nada de ninguém nem de nós próprios, e por isso…

Aceitem só que é o destino.


Texto de SR
In: JF

Sinto

Apenas sinto saudades.. de voltar a sorrir!




Há dias que vale a pena...

Sim terminei o dia...completamente exausta,cansada, frustrada..
Não tenho palavras para descrever o quanto me recai sobre a alma a dor que sinto, ou as dores que carrego!
Não se imagina, apenas sente-se...
Um semblante oscilante, uma decepção indiscritivel e que nem sequer se apaga no tempo...