CC Radio Portugal

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Depois de um tempo aprende a sutil diferença







Depois de um tempo....

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença,
entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. 
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. 
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... 
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. 
E, em algum momento pensamos no amor.....e isso se torna engraçado.....
É engraçado... as vezes a gente sente, fica pensando que está sendo amada, e está amando, e pensa que encontrou tudo aquilo que a vida podia oferecer, e em cima disso a gente constrói nossos sonhos, nossos castelos, e cria um mundo de ilusão onde tudo é belo.....até que a pessoa que a gente ama vacila, e põe tudo a perder, e põe tudo a perder........
Aprende como a vida é engraçada e como sonhos são tão facilmente destruídos.
Aprende que ou você controla seus atos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte...

In: Extrato do texto de William Shakespeare intitulado: Depois de um tempo aprende a sutil diferença"























Autora:Veronica Shoffstal

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O tempo acaba o ano, o mês e a hora

O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
A força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora;

O tempo busca e acaba o onde mora
Qualquer ingratidão, qualquer dureza;
Mas não pode acabar minha tristeza,
Enquanto não quiserdes vós, Senhora.

O tempo o claro dia torna escuro
E o mais ledo prazer em choro triste;
O tempo, a tempestade em grão bonança.

Mas de abrandar o tempo estou seguro
O peito de diamante, onde consiste
A pena e o prazer desta esperança.

Luís de Camões


In: PM

Feliz 2015