Refúgio!

Ah como busco o refúgio
Aquele crepúsculo que contempla a minha alma!
A paz, tranquilidade, o desejo de arrebatar todos os distúrbios que me atormentam!
Perdida e isolada por opção não busco, não quero, não tenho tempo… não posso...
Quando menos se espera, acontece o... Inevitável!

O sentimento não obedece à razão, vai querendo mais e mais
Busca o olhar, a pessoa, conhece o seu interior, compartilha-se o que se quer e até mesmo o seu refúgio.
O que parecia uma simples amizade e com algumas compatibilidades, tornou-se a cada dia um hábito!
Uma versão desconhecida até então para quem não queria… não podia…
Mas é bom compartilhar, dar e receber, falar de coisas banais, sentir que alguém do outro lado nos compreende.
Compreensão?
Claro, a ponto de sentir que estas a ver o teu outro “eu” e como te conhece!
Almas gémeas?
Não, talvez carentes das mesmas coisas, de uma adrenalina que se torna diferente no dia-a-dia e que se torna viciante...
Viciante… sim, depois de compartilhar a maior parte das situações quotidianas, sentido o apoio diário vem a saudade.. essa que nos destrói porque sentimos falta de…
Mas colmata-se quando mentalmente alguém pergunta e o outro responde, quando pensamos em simultâneo em dar semelhantes respostas, quando ate mesmo sobre discussão de trabalhos realizamos o mesmo “retrato”…
Compatibilidade ou leitura da alma?
Sentir a necessidade de apoiar, sentir que quando os dias são mais pesados, temos alguém do outro lado que está ali e sabemos que sempre estará!
Não há hipótese! Não sei como definir... mas sei que não buscava, não queria e não tinha tempo, não podia…
E agora??? não consigo, não quero, não posso e arranjo tempo para não virar costas a este proibido silencio que é… amar-te!